17 de abr. de 2013

Os habitantes do mundo astral (humanos - os vivos)

Charles Webster Leadbeather, sacerdote da Igreja Anglicana e bispo da Igreja Católica Liberal, clarividente, escritor, orador, maçom e uma das mais influentes personalidades da Sociedade Teosófica escreveu acerca dos habitantes do mundo astral:


"Não é fácil classificar e ordenar os seres astrais, tal sua variedade e complexidade, mas podemos nos esforçar para isso, começando a dividi-los em 3 grandes categorias: humanos, não-humanos e artificiais.

Humanos:

Os cidadãos humanos do mundo astral separam-se naturalmente em dois grupos: os vivos e os mortos.

Os vivos:
1) Adeptos e seus discípulos: São os humanos evoluídos, instruídos que operam tanto com o corpo mental como o astral, mas muito mais com o mental, pertencentes às lojas, escolas orientais e algumas ocidentais.

2) Indivíduos psiquicamente adiantados: Esses não estão sob orientação de um Mestre (amparador), em geral são conscientes fora do corpo físico, mas por falta de necessário treino e experiência estão sujeitos a enganos e apreciação do que veem. Sua lucidez é variável, variam com seu grau de desenvolvimento e em muitos casos quando voltam ao corpo físico não lembram de sua experiência.

3) A pessoa vulgar: Não possuem maturidade astral, flutuam perto do corpo físico durante o sono, nem estado mais ou menos inconsciente. Em alguns casos semi-adormecido, vagueia daqui para ali, deitado seguindo algumas correntes astrais passando por toda espécie de aventuras, umas agradáveis, outras desagradáveis. Quanto menos evoluída for uma pessoa, más definidas serão suas formas astrais, sem contornos definidos, devido à alta densidade do seu duplo etérico.

4) O mago negro e seus discípulos: É semelhante à primeira, porém voltada para o mal. As ordens que lidam com essas forças ocultas poderosas são várias, mas podemos citar: Dügpas, Europeus, Vodoo, Obeah, Magia Negra, etc."

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O que os fatos mostram? Que o autor crê que o mundo astral é habitado por humanos, não-humanos e artificiais e, mais especificamente, o mundo habitado pelos humanos está dividido entre vivos e mortos.

Qual é uma objeção comum? A teoria de Leadbeather quanto à classificação dos humanos vivos é semelhante ao pensamento comum, porém com nomenclaturas distintas.

Essa objeção faz sentido? Meu ponto de vista quanto ao pensamento de Leadbeather é que esta escala coloca os vivos em um padrão que, me parece que não pode ser mudado, ou seja, o indivíduo está predestinado a ser aquilo que é por toda a sua vida, o que discordo deste padrão estipulado por ele. 

O que você acha? Qual sua opinião acerca do mundo dos vivos descrito por Leadbeather? Compartilhe e deixe aqui registrado o seu pensamento.

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Próximo post: "Os habitantes do mundo astral (humanos - os mortos)" 

28 de jul. de 2012

História do Candomblé no Brasil (Parte I)

Candomblé, culto dos orixás, de origem totêmica e familiar, é uma das religiões afro-brasileiras praticadas principalmente no Brasil, mas também em países adjacentes como Uruguai, Argentina e Venezuela.

A religião, que tem por base a "anima" (alma) da natureza, sendo portanto chamada de anímica, foi desenvolvida no Brasil com o conhecimento dos sacerdotes africanos que foram escravizados e trazidos da África para o Brasil, juntamente com seus Orixás / Inquices / Voduns, sua cultura e seus dialetos, entre 1549 e 1888.

Embora confinado originalmente à população de escravos, proibido pela igreja Católica, e criminalizado mesmo por alguns governos, o Candomblé prosperou nos quatro séculos, e expandiu consideravelmente desde o fim da escravatura em 1888. É agora uma das religiões principais estabelecidas, com seguidores de todas as classes sociais e dezenas de milhares de templos. Em levantamentos recentes, aproximadamente 3 milhões de brasileiros (1,5 da população total) declararam o Candomblé como sua religião. Na cidade de Salvador existem 2.230 terreiros registrados na Federação Baiana de Cultos Afro-Brasileiros. Orixás do Candomblé, os rituais e as festas são agora uma parte integrante da cultura e uma parte do folclore brasileiro.

O Candomblé é uma religião monoteísta, embora alguns defendam que cultuem vários deuses, o deus único para a nação Ketu é Olorum, para a nação Bantu é Zambi e para a nação Jeje é Mawu. São nações independentes na prática diária e em virtude do sincretismo existente no Brasil, a maioria dos participantes consideram como sendo o mesmo Deus da Igreja Católica.

Os Orixás / Inquices / Voduns recebem homenagens regulares com oferendas, cânticos, danças e roupas especiais. Mesmo quando há na mitologia referência a uma divindade criadora, essa divindade tem muita importância no dia-a-dia dos mesmbros do terreiro, como é o caso do Deus cristão que na maioria das vezes são confundidos.

Os Orixás da mitologia Yoruba foram criados por um deus supremo, Olorun (Olorum) dos Yoruba.

Os Voduns da mitologia Fon ou mitologia Ewe foram criados por Mawu, o deus supremo dos Fon.

Os Inquices da mitologia Bantu foram criados por Zambiapongo (Zambi), deus supremo e criador.

O Candomblé cultua, entre todas as nações, umas cinquenta das dezenas de deidades ainda cultuadas na África. Mas, na maioria dos terreiros das grandes cidades, são doze as mais cultuadas. O que acontece é que algumas divindades têm "qualidades" que podem ser cultuadas como um diferente Orixá / Inquice / Vodun em um ou outro terreiro. Então, a lista de divindades das diferentes nações é grande, e muitos Orixás do Ketu podem ser identificados com os Voduns do Jejé e Inquices do Bantu em suas características, mas na realidade não são os mesmos, seus cultos, rituais e toques são totalmente diferentes.

Orixás têm individuais personalidades, habilidades e preferências rituais, e são conectados ao fenômeno natural específico (um conceito não muito diferente do Kami do japonês Xintoísmo). Toda pessoa é escolhida no nascimento por um ou vários "patronos" Orixá, que um babalorixá identificará. Alguns Orixás são incorporados por pessoas iniciadas durante o ritual do Candomblé. Outros Orixás não, apenas são cultuados em árvores pela coletividade. Alguns Orixás chamados Funfun (branco), que fizeram parte da criação do mundo, também não são incorporados.


Próximo post de Candomblé: História do Candomblé no Brasil (Parte II)

27 de jul. de 2012

Sagrado e Profano

Você já percebeu que há uma forte tendência na sociedade em tratar tudo o que é sagrado ao que se refere à esfera "espiritual" ou religiosa, e tudo o que é profano ao que se refere à vida secular?


Sim, e podemos incluir-nos neste pensamento, pois ele faz parte da grande massa. Que atire a primeira pedra quem nunca pensou desta forma. E ainda podemos ir mais além. Há aqueles que tendem a classificar o sagrado e o profano ou, separar o sagrado do profano. Mas, quem dita as regras neste jogo?


Se analisarmos por uma perspectiva histórica, veremos que, aquilo que tratamos como sagrado nos dias de hoje não fazia parte do contexto religioso primitivo. Isso quer dizer, que todos os elementos religiosos primitivos não eram sagrados, porém, profanos?


O que acontece é que não estamos abertos a um diálogo interreligioso. Isso implica em deixarmos de lado toda a nossa "verdade", para entendermos o ponto de vista de outrem. Porém, a grande realidade é que somos muito "fundamentalistas" ainda, não queremos abrir mão dos nossos conceitos (ou seriam pré-conceitos), acerca do campo religioso. A verdade é que há um grande dualismo entre o sagrado e o profano. E como resolver este problema? Bom, sinto-lhes em dizer que é um problema sem solução. Sempre haverá um embate, pois o que é sagrado para uns é profano para outros, e vice-versa. E o que falta no meio de toda esta discussão é o respeito. 


Gosto muito de nos incluir como exemplo (evangélicos), por razões éticas e principalmente por ser a minha realidade de vida. Há muitos elementos que consideramos como profano, como por exemplo, os santos católicos. Consideramos como profano, pois não faz parte do nosso contexto de "verdade religiosa", porém, não podemos deixar de considerar sua sacralidade, visto que não refere-se a uma questão secular, correto? Ainda que não cremos nos santos católicos, porém são sagrados... para os católicos, mas são. Assim como é sagrado para nós o crer no sacrifício de Cristo na cruz, mas para diversos grupos religiosos esse crença é uma profanação. Portanto, quem está com a verdade? Percebem que há um dualismo?


Bom, vamos ao debate...


O que os fatos mostram? Que há uma distinção entre o sagrado e o profano nas religiões. Mas não há um respeito entre elas.


Qual é uma objeção comum? Que todas as religiões classificam seus elementos sagrados e profanos e rejeitamos os elementos sagrados de um outro grupo religioso que não seja o nosso.


Essa objeção faz sentido? É verdade que há uma certa dificuldade de aceitarmos o pensamento de um determinado grupo oposto. Porém, se não entendermos esta dualidade, o mundo sempre caminhará para a intolerância religiosa. É tudo uma questão de ponto de vista e respeito.


O que você acha? O que você pensa acerca do que foi abordado sobre o sagrado e o profano? O que seria sagrado ou profano para você? Deixe seu comentário.