28 de nov. de 2010

Por Que Aprender Sobre Outras Expressões de Fé?

"Eu li as notícias hoje"


O interesse pelas tradições e padrões "alternativos" (ou seja, não-ocidentais) de devoção está aparentemente em alta. Após o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, uma onda de interesse pelo Islamismo varreu o globo, assim como uma enorme quantidade de dolorosas perguntas para todas as pessoas de boa vontade a respeito da natureza do extremismo religioso no novo milênio. Um aparente crescimento da prática budista nos Estados Unidos é outro exemplo de religiões não-cristãs que ganham mais visibilidade na cultura de hoje.

Por mais de uma década, uma grande onda de novas religiões, focando em variações das tradições orientais, ocidentais e indígenas americanas existentes, tem arrebanhado um número surpreendente de seguidores fervorosos. (Na verdade, alguns observadores acreditam que os seguidores dessas novas religiões consistem na categoria de observância religiosa de crescimento mais rápido do planeta).

A tradição ecumênica entre as expressões de fé "estabelecidas" também ganha força. Diálogos construtivos entre os membros das diversas denominações cristãs tornaram-se muito mais comuns, e a discriminação aberta baseada em diferenças religiosas ou seculares, embora ainda presente entre nós, tem sido rejeitada com mais frequência e energia que no passado.

Em muitas localidades, cismas antigos, existentes entre cristãos e judeus, estão finalmente se apaziguando. Em parte, isso pode estar acontecendo graças à maior acomodação social; também pode estar relacionado com um profundo novo interesse, por parte de muitos cristãos, pelo Jesus "histórico" - um Jesus cuja vida e ensinamentos foram, afinal de contas, um produto da tradição judaica.

Aposto que você não sabia:

"Tolerância religiosa" significa agora muito mais que apenas reconhecer as diferenças dentro da tradição judaico-cristã. Se você vive nos Estados Unidos nos dias de hoje, está em uma nação onde existem tantos praticantes do Hinduísmo quanto judeus ortodoxos; mais budistas que adventistas do sétimo dia; e mais seguidores do Islamismo que episcopais. (Fonte: World Almanac).

O que significa

O movimento ecumênico promove mais entendimento e tolerância entre as diferentes ramificações das igrejas cristãs. Em um sentido mais amplo, o ecumenismo, algumas vezes, refere-se ao processo de obter mais cooperação e entendimento entre as diversas expressões de fé. Outro termo, e talvez mais apropriado, para esse segundo sentido é "diálogo interreligioso".

Próximo Post: Acompanhando a Constituição

9 de abr. de 2010

Espiritismo Kardecista - Biografia de Allan Kardec (Parte I)


Denizard Hypollyte Léon Rivail
* 1804 + 1869
O menino de olhos claros, de personalidade enérgica e perseverante.
Allan Kardec era uma pessoa totalmente oposta ao protótipo de um místico ou de um iluminado. Homem muito inteligente, de temperamento calmo, racional e lógico, nunca possuiu nenhum tipo de mediunidade. Embora tido pelos espíritas como um missionário, jamais se proclamou como tal. Sua doutrina não é produto de uma tese pessoal, de cunho personalista, elaborada por revelação em algum "lugar santo", isolado, após alguma super experiência mística e solitária, toalmente subjetiva.
Nascido em Lyon, França, em 3 de outubro de 1804 no seio de uma família simples de juízes e advogados, batizado como Denizard Hyppolyte Léon Rivail.
O pequeno Rivail nasceu em uma época de graves agitações políticas, conflitos sociais e religiosos, não apenas na França, mas em todo o mundo. Era a época de Napoleão I. Os franceses sofriam o peso de intermináveis chacinas e toda a Europa se transformara em sangrento campo de batalha.
O materialismo, a descrença, a intolerância religiosa predominavam. Os membros proeminentes do clero, com raras exceções, compartilhavam avidamente da roda dos interesses mundanos, tragicamente esquecidos do exemplo do Sublime Nazareno, de quem se auto-intitulavam legítimos representantes na Terra.
Aos 12 anos, Rivail concluiria seus estudos em sua amada Lyon. Seus pais, desejosos em lhe oferecer boa educação, vivendo o clima das lutas religiosas reinantes na França de então, entenderam por bem confiar o único filho ao famoso educador Heinrich Pestalozzi, o mais sábio, o mais respeitado e célebre professor daquele tempo, precurssor da moderna educação, da chamada "escola ativa" e fundador da primeira escola profissional do mundo, na Suíça.
No próximo post sobre Espiritismo Kardecista: Biografia de Allan Kardec (Parte II)

6 de abr. de 2010

História do Candomblé

O Candomblé é uma religião que teve origem na cidade de Ifé, na África, e foi trazida para o Brasil pelos negros iorubás. Seus deuses são os Orixás, dos quais somente 16 são cultuados no nosso país: Essú, Ògun, Ossossì, Osanyin, Obalúaye, Òsúmàré, Nàná Buruku, Sàngó, Oya, Oba, Ewa, Osun, Yemanjá, Logun Ede, Oságuian e Osàlufan.

O pai ou a mãe de santo é a autoridade máxima dentro do Candomblé. Eles são escolhidos pelos próprios Orixás para que os cultuem na terra. Os Orixás os induzem a isto, fazem com que as pessoas por eles escolhidas sejam naturalmente levadas à religião, até que assumem o cargo para o qual estão destinadas. Uma pessoa não pode optar se quer ou não ser um Pai ou Mãe de Santo se não acontecer durante a sua vida fatos que a levem a isto. São pessoas que de alguma forma são iluminadas pelos Orixás para que cumpram seu destino.

Os Pais de Santo, normalmente, são donos de uma roça, ou seja, um lugar onde estão plantados todos os axés e no qual os Orixás são cultuados. Dentro da roça existe o barracão (assim denominado por causa dos negros que antigamente moravam em barracões), que é o lugar em que são feitos os grandes assentamentos (oferendas) para os deuses.

Hierarquicamente, existe, ainda na roça um pai pequeno ou mãe pequena, que é o braço direito do Pai de Santo e é normalmente um filho ou filha da casa. Depois vem as Ekedes, são mulheres também escolhidas pelos Orixás para cuidar deles e ajudá-los. Embora seja considerada autoridade dentro da roça, não podem ser Yalorixás, visto que sua função já foi determinada e não há como mudar. A seguir vem os Ogans, que tocam os atabaques e ajudam o Babalorixá nos fundamentos da casa; a Ya Bace, que toma conta da cozinha, isto é, de todas as comidas dos santos; a Ya Efun, dona do Efun (pemba), e que está encarregada de pintar os Yaôs (iniciantes que estão recolhidos fara fazerem o Orixá); e finalmente os filhos de Santos, que são as pessoas que "rasparam o Santo", ou melhor, rasparam a cabeça para um Santo a pedido deste.

Às vezes o Santo, ou Orixá, incorpora em determinadas pessoas, mas não há necessidade que haja esta "incorporação" para que uma pessoa raspe o Santo. Se a pessoa deve ou não raspar o Santo só pode ser sabido com certeza através do jogo de búzios do Pai ou Mãe de Santo que, diga-se de passagem, são os únicos que podem jogar búzios.

O Candomblé é uma religião com uma vasta cultura e rica em preceitos. São pouquíssimas as pessoas que realmente a conhecem a fundo. É necessária muita dedicação e anos de estudo para se chegar a um conhecimento profundo da religião. Seus preceitos são todos fundamentados e qualquer um pode se dedicar ao seu estudo e desfrutar seus benefícios.

Próximo post: Origem do Candomblé: Ifé

22 de mar. de 2010

O Livro dos Espíritos

1) Que é Deus?
R.: "Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas".

2) Que se deve entender por infinito?
R.: "O que não tem começo nem fim: o desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito".

3) Poder-se-ia dizer que Deus é o infinito?
R.: "Definição incompleta. Pobreza da linguagem humana, insuficiente para definir o que está acima da linguagem dos homens".
Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é o infinito é tomar o atributo de uma coisa pela coisa mesma, é definir uma coisa que não está conhecida por uma outra que não o está mais do que a primeira.

Diferença entre Espiritualismo e Espiritismo

Espiritualismo:

Doutrina filosófica que admite a existência de Deus e da alma. Contrapõe-se ao materialismo, que só admite a matéria.

Segundo o materialismo, no ser humano só haveria o corpo físico. Até as funções superiores, como a memória, o raciocínio, as emoções, os sentimentos poderiam ser reduzidos a simples reações físico-químicas do sistema nervoso, do sangue, das glândulas internas. O Universo seria formado por acaso e seria explicado dentro das leis das ciências exatas (Matemática, Física, Química, Astronomia, etc.). Esta é a tese do materialismo filosófico, que não deve ser confundido com o materialismo pragmático e hedonista adotado por aquele que, embora se diga até mesmo religioso, só quer mesmo é gozar os prazeres da vida terrena, nem que seja em cima da miséria alheia.

Todos os religiosos, como aceitam a alma e Deus, são, por isto mesmo, espiritualistas.

Assim, a pala espiritualista tem significado muito vasto, abrangendo o católico, o protestante, o umbandista, o candomblecista, o israelita ou judeu, o islâmico, etc.


Espiritismo:

Doutrina filosófica, também espiritualista, mas que se diferencia das outras correntes filosóficas por ter características bem definidas, a saber:

a) concepção tríplice do homem: espírito - perispírito - corpo físico;
b) sobrevivência do espírito como individualidade;
c) continuidade da responsabilidade individual;
d) progressividade do espírito dentro do processo evolutivo em todos os níveis da natureza;
e) comunicação mediúnica disciplinada voltada para o esclarecimento e a consolação de encarnados e desencarnados;
f) volta do espírito à matéria (reencarnação) tantas vezes quantas necessárias para alcançar a perfeição relativa a que se destina, não admitindo, no entanto, a metempsicose, ou seja, a volta do espírito no corpo de animal para pagar dívidas, como aceita o Hinduísmo. Conforme o Espiritismo, o espírito não retrocede;
g) ausência total de hierarquia sacerdotal;
h) abnegação na prática do bem, ou seja, não se dobra nada por esta ou aquela atividade espírita;
i) terminologia própria, como por exemplo, perispírito, Lei de Causa e Efeito, médium, Centro Espírita, e nunca como astral, karma, Exu, Orixá, "cavalo", "aparelho", "terreiro", "encosto", vocábulos utilizados por outras religiões e que não tem cabimento no meio espírita;
j) total ausência de culto material (imagens, altares, roupas especiais, oferendas, velas, etc.);
k) na prática espírita não há batismo nem culto ou cerimônia para oficializar o casamento;
l) respeito a todas as demais religiões, embora não incorpore a seu corpo doutrinário os princípios e rituais delas;
m) a moral espírita é a moral cristã: "Fazer ao próximo aquilo que dele se deseje".

8 de mar. de 2010

Interação entre Ciência e Religião - Parte I

Revista Espaço Acadêmico - Ano II - Número 17 - Outubro de 2002

Interações entre Ciência e Religião
Entrevista com Dr. Frank Usarski
Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião na PUC-SP

Entrevista com alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião, PUC-SP, Julho de 2002.

Como o senhor define religião?
O que nós chamamos de "religião" tem se manifestado, no decorrer da história e em todas as partes do mundo, em diversificações e diferenças múltiplas. De acordo com essa complexidade não considero adequado pensar em uma definição fechada de religião e opto por um conceito aberto capaz de superar um entendimento pré-teórico que generaliza fenômenos religiosos, sobretudo os de origem cristã, com os quais nós estamos culturalmente acostumados. Isto é somente necessário por que, por exemplo, para chineses, hindus e muçulmanos nem existem sinônimos em suas línguas que correspondam exatamente com o nosso termo religião.

A partir dessas considerações meu conceito de religião contém quatro elementos:

Primeiro, religiões constituem sistemas simbólicos com plausibilidades próprias.

Segundo, do ponto de vista de um indivíduo religioso, a religião caracteriza-se como a afirmação subjetiva da proposta de que existe algo transcendental, algo extra-empírico, algo maior, mais fundamental ou mais poderoso do que a esfera que nos é imediatamente acessível através do intrumentário sensorial humano.

Terceiro, religiões se compõem de várias dimensões: particularmente temos que pensar na dimensão da fé, na dimensão institucional, na dimensão ritualística, na dimensão da experiência religiosa e na dimensão ética.

Quarto, religiões cumprem funções individuais e sociais. Elas dão sentido para a vida, elas alimentam esperanças para o futuro próximo ou remoto, sentido esse que algumas vezes transcende o da vida atual, e com isso tem a potencialidade de compensar sofrimentos imediatos. Religiões podem ter funções políticas, no sentido ou de legitimizar e estabilizar um governo ou de estimular atividades revolucionárias. Além disso, religiões integram socialmente, uma vez que membros de uma comunidade religiosa compartilham a mesma cosmovisão, seguem valores comuns e praticam sua fé em grupos.

Grupos

Começou a nossa gincana de Heresiologia 1 (versão 2010)!!!
Dividi as turmas em grupos nos turnos manhã e noite.

Vejamos como ficou a formação dos grupos:
Obs.: Provavelmente com a entrada de novos alunos, teremos mais 1 grupo em cada turno.

TURNO MANHÃ

GRUPO HEXACAMPEÃO
Alex Dé Ré
Allex Balduino
Bruno (Líder)
Evelyn
Heraldo
José Antônio

GRUPO EL-SHADDAI
Carla (Líder)
Glauber
Idelmar
Lucas
Nikaele
Rafaela

GRUPO DEUS CONOSCO
Alexandre
Eris
Marco (Líder)
Maria do Carmo
Ricardo
Wagner

TURNO NOITE

GRUPO FOGO PURO
Fabiana (Líder)
Helen
Lázaro
Luis Carlos

GRUPO ESCOLHIDOS
Luiz Fernando
Marcelo
Robson (Líder)
Rodrigo
Tatiana

GRUPO ARREBATADOS
Décio (Líder)
Marcela
Renato
Thiago
Valber
Wandel

Quais serão os grupos campeões de 2010???